O pedido por parte do presidente da Casa, deputado estadual, Marcelo Nilo (PDT), de reintegração de posse da Assembleia Legislativa, ocupada há 100 dias pelos professores grevistas, ainda rende polêmica. A bancada de oposição, que até então, se mostrava aliada aos posicionamentos do líder do legislativo, mudou o discurso e promete levar até o fim a ideia de demovê-lo da decisão de retirar os docentes. Ontem, um novo capítulo em torno do impasse foi protagonizado e apenas um governista se manifestou em favor do presidente.
O grupo oposicionista se reuniu com o pedetista solicitando que o mesmo reveja a decisão. O líder da oposição Paulo Azi (DEM) defende uma solução negociada e advertiu que a bancada não aceitará qualquer tentativa de invasão policial ao prédio.Aliado a isso, a minoria emitiu nota pública de apoio aos professores lembrando que os grevistas ocupam de maneira pacífica e ordeira o saguão da Casa, não havendo, portanto, nada que justifique ação policial. “Volto a alertar que esta é a Casa do diálogo e não da força”, retrucou Paulo Azi.
Reforçando, o 1º vice-presidente da AL, deputado estadual Leur Lomanto Jr. (PMDB), reiterou que a bancada está atenta e discorda do uso de força policial. “Consideramos justas as reivindicações dos professores e estamos vigilantes as movimentações. Não vamos permitir que a questão seja solucionada com atos de violência”, disse. Leur Jr., ciente dos prejuízos causados a mais de um milhão de estudantes que frequentam a rede pública de ensino no Estado, apelou que o governador Jaques Wagner “se sensibilize e busque o bom senso para resolver o impasse”. Na defesa, apenas o deputado estadual Sidelvan Nóbrega (PRB). De acordo com o parlamentar, a decisão de Nilo encontra “amparo” no Regimento Interno da Casa, que elenca entre uma das atribuições da presidência, o dever de “zelar pelas prerrogativas e o bom nome da Assembleia”. “Diferente do que tem sido divulgado pela bancada da oposição, a ideia não é intimidar os professores, e sim fazer com que a Casa volte à normalidade”, afirmou. A oposição, por sua vez, rebate ao dizer que o parlamento está em recesso, cujas atividades só serão restabelecidas no dia 1º de agosto. (Tribuna)
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