Com o voto do ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal João Paulo Cunha foi condenado nesta quarta-feira (29) também por lavagem de dinheiro por maioria de votos – seis a quatro. A ministra Rosa Weber não manifestou o voto porque decidiu analisar as acusações sobre lavagem de dinheiro posteriormente. “Ficam comprovadas a autoria e materialidade da lavagem de dinheiro por parte dos réus João Paulo Cunha e Henrique Pizzolato”, afirmou o presidente do Supremo. Ayres Britto afirmou que condenar réu à pena privativa de liberdade deixa “gosto amargo” na boca. “Nós, magistrados, condenamos alguém, sobretudo, no direito penal, à pena privativa de liberdade. E isso deixa gosto amargo na boca. Gosto de jiló, mandioca roxa, beringela crua.”
Em relação à lavagem, votaram pela condenação, além de Britto, os ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello nesta quarta e, antes, Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Outros quatro decidiram pela absolvição nessa acusação – Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cezar Peluso e Marco Aurélio Mello. Até quarta (29), Cunha já havia sido condenado por corrupção passiva (receber vantagem indevida) e peculato (desviar recursos na condição de servidor) por oito votos a dois. Com a decisão de Britto, o deputado foi condenado pelos dois crimes por nove votos a dois. Além do presidente, votaram pela condenação Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello, que votaram nesta quarta, e Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Joaquim Barbosa que já haviam apresentado sua posição. (G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Santo Amaro Diário não se responsabiliza pelos comentários de seus internautas, que podem ser feitos livremente, desde que respeitando-se as leis Brasileiras, as pessoas e assuntos abordados aqui.
Atenciosamente:
Equipe Santo Amaro Diário