Nesta terça, 04, a reportagem teve acesso ao laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana relativo aos exames periciais das duas jovens de Itaberaba que acusam integrantes da New Hit de estupro. Na segunda-feira, 3, o delegado Marcelo Cavalcante, titular de Ruy Barbosa, disse à imprensa que o laudo oficial confirma a versão das garotas - elas afirmam que foram violentadas, no ônibus do grupo, após show na cidade no último dia 26. O advogado Leite Matos, responsável pela defesa de Alan Trigueiros, argumenta que o documento inocenta os suspeitos da acusação. Ele se apega, principalmente, à segunda resposta que consta no laudo do DPT, assinado pelo perito-médico Wellington Santos Vigas. Na conclusão, o perito responde que não há, nas vítimas, sinal de violência da qual tivesse resultado lesão corporal.
Para o perito criminal Gerluís Paixão, ex-presidente do Sindicato dos Peritos da Bahia, o fato de não existir sinal de violência que resultou em lesão corporal não pode ser usado como garantia de que não houve estupro. "Há casos em que os estupradores seguram ou amarram a vítima, ou ameaçam com arma na cabeça, sem precisar de violência física", diz. As jovens afirmam que integrantes da banda as seguravam enquanto outro as estuprava. Por outro lado, Gerluís lembra que o fato de haver lesão corporal não é garantia de que houve estupro. Ele cita como exemplo as relações sexuais com sadomasoquismo, onde os parceiros muitas vezes se machucam, mas sentem prazer. Leite Matos argumenta, ainda, que não há confirmação da penetração na jovem que era virgem. Gerluís lembra que, ato libidinoso forçado, sem penetração, também é estupro. (Atarde)
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