Esses hospitais, que já realizavam interrupções de gravidez em casos de estupro e risco à vida da mãe, passarão também a receber grávidas de fetos sem cérebro que optaram pelo aborto com assistência médica. Nesta quinta-feira (12), o Supremo Tribunal Federal (STF) legalizou a interrupção da gravidez nesses casos. Após dois dias de debates, os ministros definiram que o aborto em caso de anencefalia não é crime por 8 votos a 2. A decisão passa a valer após a publicação no "Diário de Justiça". Para a maioria do plenário do STF, obrigar a mulher manter a gravidez diante do diagnóstico de anencefalia implica em risco à saúde física e psicológica. Aliado ao sofrimento da gestante, o principal argumento para permitir a interrupção da gestação nesses casos foi a impossibilidade de sobrevida do feto fora do útero.
Número de hospitais que realizam interrupção de gravidez de anencéfalos por estado | |
Acre | 2 |
Alagoas | 1 |
Amazonas | 3 |
Amapá | 1 |
Bahia | 1 |
Ceará | 9 |
Distrito Federal | 1 |
Espírito Santo | 1 |
Goiás | 1 |
Maranhão | 4 |
Minas Gerais | 5 |
Mato Grosso | 3 |
Mato Grosso do Sul | 1 |
Pará | 2 |
Paraná* | 0 |
Paraíba | 1 |
Pernambuco | 5 |
Piauí | 2 |
Rio de Janeiro | 1 |
Rondônia | 2 |
Rio Grande do Sul | 4 |
Rio Grande do Norte | 1 |
Roraima* | 0 |
Santa Catarina | 1 |
Sergipe | 1 |
São Paulo | 11 |
Tocantins | 1 |
*De acordo com o Ministério da Saúde, Roraima e Paraná terão unidades credenciadas até o fim do ano |
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