sábado, 12 de maio de 2012

Sexo no primeiro encontro: por que não?


É com muita frequência que recebo mensagens de usuárias confusas quando o assunto é sexo no primeiro encontro. Algumas destas usuárias se queixam de que os homens desejam fazer sexo no primeiro encontro, mas elas se sentem incomodadas com isso e preferem esperar um pouco mais. Outras dizem já ter sentido vontade de ir para a cama com homens que haviam conhecido na mesma noite. Caso se guiassem apenas por seus desejos, teriam feito isso sem pestanejar. Não o fizeram, no entanto, censuradas por elas próprias, preocupadas com o que estes homens poderiam vir a pensar.


Em relação às primeiras, não vejo qualquer dificuldade. Cada um de nós tem seu modo de agir e pensar, e todos eles devem ser respeitados. Não fazer algo que não se tem vontade não apenas é o mais razoável: é também o mais indicado. Confesso que as segundas, por outro lado, me causam certa estranheza. Quando leio suas mensagens, tenho a sensação de ainda estar no século XVIII, quando as mulheres deviam se portar como "boas moças" para conseguirem bons casamentos.

Evidentemente não as culpo e nem tiro suas razões. Embora nossa sociedade tenha passado por importantes transformações nos dois últimos séculos, a mentalidade machista ainda sobrevive em nossos cotidianos. Apesar da revolução sexual, da pílula, da inserção da mulher no mercado de trabalho e de tantas outras conquistas, ainda se espera das mulheres o comportamento de "moça recatada", ainda que seus desejos não combinem com ele. 



Em relação às primeiras, não vejo qualquer dificuldade. Cada um de nós tem seu modo de agir e pensar, e todos eles devem ser respeitados. Não fazer algo que não se tem vontade não apenas é o mais razoável: é também o mais indicado. Confesso que as segundas, por outro lado, me causam certa estranheza. Quando leio suas mensagens, tenho a sensação de ainda estar no século XVIII, quando as mulheres deviam se portar como "boas moças" para conseguirem bons casamentos.

Evidentemente não as culpo e nem tiro suas razões. Embora nossa sociedade tenha passado por importantes transformações nos dois últimos séculos, a mentalidade machista ainda sobrevive em nossos cotidianos. Apesar da revolução sexual, da pílula, da inserção da mulher no mercado de trabalho e de tantas outras conquistas, ainda se espera das mulheres o comportamento de "moça recatada", ainda que seus desejos não combinem com ele.

O que fazer quando os desejos contradizem as "regras" morais de nossa cultura? O quanto os desejos devem ser ignorados e suprimidos em prol do "bom comportamento"?

Confesso que a situação não é simples nem fácil de solucionar. Somos seres sociais, vivemos em grupo e dependemos da sociedade. É por esta razão que não podemos simplesmente ignorar as opiniões alheias e dar asas a todos os nossos desejos. A sociedade e a cultura, aliás, têm, entre tantas outras, justamente a função de criar regras de convívio. Em prol destas regras, muitas vezes temos que adiar ou mesmo abrir mão de nossos desejos. Acontece, no entanto, que não podemos simplesmente suprimir todos os desejos. É preciso que possamos avaliar quais deles podem ser deixados de lado, e quais precisam ter vazão. O ideal, então, seria encontrar um equilíbrio que atendesse a alguns desejos e adiasse outros.

E o desejo de fazer sexo no primeiro encontro, deve ser atendido ou deve ser deixado de lado? Bem, se ele existe, penso que a primeira pergunta a ser colocada é "por que não?". É importante pensar nestas razões para poder avaliar se elas são realmente pertinentes. Muitas mulheres se preocupam com o que os outros (ou outras, principalmente!) podem dizer ou pensar delas. Mas quem são estes outros? Será que o julgamento deles importa tanto assim para você? Além disso, como essas pessoas ficariam sabendo de detalhes íntimos de suas relações, se não fosse por você mesma?

É importante ter em mente algo importante: muitas vezes atribuímos somente ao outro coisas que também são nossas. Se há tanta preocupação sobre o julgamento dos outros, não será porque você mesma já se julgou - e se condenou? Se isso aconteceu, porque será que você está se julgando de modo tão severo?

Outro ponto fundamental: as pessoas são diferentes, têm pensamentos diferentes e fazem julgamentos diferentes. Uma mesma atitude pode ser condenada por uma pessoa e elogiada por outra. Se for a primeira vez que você está saindo com um homem, é muito provável que não saiba como ele pensa a questão do sexo no primeiro encontro. Assim sendo, pode ser que você evite achando que ele te condenará, quando, na realidade, ele não acharia nada demais. É claro que o contrário também poderia acontecer, mas o que quero dizer é que simplesmente não temos a capacidade de prever os pensamentos alheios.

Por este motivo, penso que o melhor parâmetro para esta e muitas outras decisões importantes na vida seja a própria felicidade. Se algo vai te fazer feliz, a primeira pergunta que você deve se fazer é: por que não?


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