quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Correios na Bahia decidem sobre adesão à greve em assembleia

Em estado de greve, os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) na Bahia realizam assembleia nesta quinta-feira (20), às 19h, na Praça da inglaterra, no Comércio, para decidir  sobre a adesão na greve nacional da categoria que já parou as atividades em 18 estados e no Distreito Federal. A informação é da diretora de Formação Políca do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos no Estado da Bahia (Sincotelba), Isabela do Carmo. De acordo com ela, não houve avanços audiência de conciliação realizada na manhã desta quarta-feira (19), em Brasília,  entre representantes do governo e dos sindicatos. O TST decidiu levar a julgamento o dissídio dosCorreios já que não houve acordo.
A ministra Kátia Arruda, relatora do processo, definirá a data do julgamento. Diante da falta de acordo, a tendência é que a categoria também pare sus atividades na Bahia, opina Isabela, informando que a assembleia tem o indicativo de greve, mas a decisão só acontece na segunda-feira (24), quando ocorre nova assembleia para discutir a paralisação. ”A expectativa é que na segunda a greve seja definida. Continuamos em negociação com a direção da empresa, mas não vemos sinalização de entendimento”, assinalou Isabela, convicta que os trabalhadores baianos vão mesmo parar.
Nos 16, dos 18 estados e no Distrito Federal a greve foi deflagrada desde esta terça-feira. Em Minas Gerais e no Pará, a categoria já havia iniciado a greve na semana passada. A paralisação por tempo indeterminado começou nesta quarta-feira. Durante esta semana os sindicatos dos estados que ainda não aderiram à greve, a xemplo da Bahia. fazem assembleias até o dia 25. O TST definiu que 40% dos funcionários em cada agência dos Correios devem manter as atividades durante a greve da categoria. A decisão será publicada no Diário Oficial da Justiça de quinta-feira (20). O comando de negociação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) reivindica 43,7% de reajuste, R$ 200 de aumento linear e piso salarial de R$ 2,5 mil. Quatro sindicatos dissidentes (São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Bauru), que se desfiliaram da federação, pedem 5,2% de reposição, 5% de aumento real e reajuste linear de R$ 100.
A empresa sustenta que o índice de reajuste de 5,2% oferecido aos trabalhadores garante o poder de compra e repõe a inflação do período, diz a ECT em seu blog institucional. Os Correios informam ter um plano de contingência para manter a prestação de serviços à população. Segundo a ECT, a empresa pode realocar empregados das áreas administrativas, contratar trabalhadores temporários e  realizar horas extras e mutirões para triagem e a entrega de corespondências e encomendas nos fins de semana. Em nota, a assessoria da empresa informou que apenas os itens econômicos da pauta de reivindicações dos sindicatos, se atendidos, gerarão acréscimo até R$ 25 bilhões na folha, cuja previsão de receita é R$ 15 bilhões para 2012. A categoria reivindica reajustes salariais e reposição de perdas. Os Correios têm mais de 115 mil funcionários. O salário inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo é R$ 942. Aprovaram a paralisação os empregados dos Correios em Alagoas, no Amazonas, Ceará, Distrito Federal, em Goiás, Mato Grosso, na Paraíba, no Paraná, em Pernambuco, no Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e no Tocantins.  (Com informações da Agência Brasil)

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