quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Raiz popular na época das festas juninas, por ser muito utilizada no quentão, o gengibre é uma planta de origem asiática, mais precisamente da região da Ilha de Java, da Índia e da China, que foi trazida ao Brasil pelos colonizadores ainda durante o primeiro século após o descobrimento. Apesar de sua relação histórica com o Brasil parecer longa, o gengibre já era utilizado há muito mais tempo, tanto na alimentação quanto na medicina. Há registros de seu consumo que datam de mais de cinco mil anos. Mais recentemente, são inúmeros os estudos a respeito de suas propriedades terapêuticas e medicinais.

O gengibre é, de acordo com a ciência, uma ótima opção no tratamento de diversas doenças. O óleo essencial do gengibre possui substâncias como o canfeno, o felandreno, o zingibereno e a zingerona. A combinação desses componentes é o que lhe confere as propriedades necessárias para ajudar a combater essas enfermidades. O gengibre atua como descongestionante e mostrou-se eficaz no tratamento de gripes, resfriados e tosse, além de ajudar a amenizar os efeitos da ressaca. Essas propriedades já são conhecidas há muito tempo pelos profissionais da música, que são adeptos dos chás, xaropes ebalas de gengibre para “limpar” a garganta e melhorar a qualidade da voz. Também é um ótimo antisséptico e anti-inflamatório.
Em declarações recentes, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu os efeitos positivos do gengibre para o bom funcionamento do sistema digestivo. Segundo especialistas, a ingestão regular de gengibre evita náuseas e enjoos, e a raiz pode ainda ser eficaz na prevenção de úlceras e ferimentos, por possuir características bactericidas. De acordo com pesquisadores do Instituto Hormel, que faz parte da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, o gengibre seria ainda útil para ajudar a retardar o desenvolvimento de tumores nointestino – ação associada ao gingerol, que é a substância responsável pelo sabor peculiar da raiz. Também nos Estados Unidos, na Universidade de Michigan, os estudos estão focados nas propriedades do pó extraído do gengibre, que seria um aliado eficaz no tratamento do câncer deovário. Isso se deve à ideia de que suas características levam as células cancerígenas a cometerem apoptose, que é um tipo de suicídio celular e autofagia (canibalismo). Já no Brasil estudiosos da Universidade de Campinas (Unicamp) apontam a planta como benéfica para o sistema circulatório. As vantagens do consumo são tantas que, mesmo para quem não é muito fã do sabor exótico do gengibre, vale a pena incluir essa especiaria na alimentação diária, ainda que seja apenas como afrodisíaco – outra propriedade sua, conhecida de longa data.

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