terça-feira, 18 de setembro de 2012

Travesti é preso por matar namorado e incendiar favela em SP

Policiais do 77º DP, de Santa Cecília, prenderam nesta segunda-feira o suspeito de ter incendiado a favela do Moinho na manhã de hoje, no centro da capital paulista. Segundo a polícia, o travesti Fidelis Melo de Jesus, 37 anos e conhecido como Eliete, teve um desentendimento com seu namorado, Damião de Melo, 38 anos, no início da manhã.
Segundo a delegada Aline Martins Gonçalves, resposável pelo caso, os dois homens brigavam por problemas com drogas quando Eliete teria ateado fogo em uma camiseta com um isqueiro. "Ele (Eliete) negou a principio que tenha colocado fogo no barraco, mas quando indaguei por que não tinha lesão nenhuma, ele não soube explicar". Com a ajuda de um botijão de gás, Eliete conseguiu fazer com que o fogo atingisse seu companheiro.
Neste momento, moradores ouviram gritos e foram até o o barraco, que estava trancado pelo lado de dentro, para ver o que estava acontecendo. "Uma das testemunhas mora na frente do barraco e ouviu o grito do Damião falando que estava pegando fogo. Os moradores então arrombaram a porta e o Fidelis, conhecido como Eliete, fugiu e entrou na viatura do Samu para se esquivar e não ser linchado", disse a delegada. Os médicos, sem saber de quem se tratava, levou o acusado para o Pronto Socorro (PS) da Barra Funda.

Já Damião morreu carbonizado. "Na hora que derrubou o barraco as chamas se alastraram, até porque existe muita fiação precária naquele local", afirmou Aline. A vítima não conseguiu sair do barraco. Damião já tinha duas passagens pela polícia por roubo e duas por furto e havia saído da cadeia a pouco tempo.
Após ser reconhecido, Eliete foi preso em flagrante pela polícia no próprio PS. De acordo com a delegada, ele vai responder por homicídio qualificado e incêndio doloso, quando se tem intenção.
"As testemunhas ouviram e comentaram que (eles) brigavam sempre com socos e tapas, ofensas, mas ele (Eliete) disse que estava dormindo. Ele imputou (culpou) a vítima, mas não foi o que aconteceu. Quando comecei a ouví-los (as testemunhas) entendemos que se tratava de um homicídio."

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