Novo atacante do Bahia não marca gol há mais de um ano

De melhor ataque do Brasil no primeiro semestre ao posto de pior ataquedo Campeonato Brasileiro. Existe explicação? Com apenas 12 gols marcados em 15 rodadas, o Bahia divide a marca negativa com a Portuguesa. Se forem considerados os 40 clubes das Séries A e B, a situação tricolor fica mais alarmante. O time só balançou mais as redes rivais do que Barueri (10) e Ipatinga (11), lanterna e vice-lanterna, respectivamente, do campeonato de acesso. Para acabar com a seca, a diretoria contratou outro atacante, o oitavo do elenco. Trata-se de Cláudio Pitbull, 30 anos, que atuou na última temporada pelo Manisaspor e foi rebaixado à 2ª divisão da Turquia. Revelado no Grêmio, o jogador passou por times como Santos, Fluminense, Porto e Vitória de Setúbal.

Apesar do currículo, o histórico recente do Pitbull não anima. O último gol que ele marcou foi no dia 14 de maio de 2011, em Portugal, quando o Vitória de Setúbal venceu o Portimonense por 3x2. No time turco, o atacante passou em branco. E dá sua versão. "Eu não tive muitas oportunidades. Confio em mim e acho que ninguém desaprende a jogar. Estou com 30 anos, mais maduro e pronto para desenvolver meu futebol", analisa. Ele não entra em campo desde maio. Ele não enfrenta o Cruzeiro amanhã, às 18h30, em Pituaçu, e a data de estreia ainda não está confirmada, mas Cláudio Pitbull espera ajudar o mais rápido possível. "Junto com a comissão técnica vou definir isso. Não gosto de falar em uma ou duas semanas. Quero estar em campo logo".

Apesar do semblante fechado, o apelido curioso surgiu a partir de uma situação específica do mundo da bola. Em um treino no início da carreira, no Grêmio, no ano 2000, o então técnico Antonio Lopes o chamou para uma conversa. "Ele dizia que eu não perdia uma bola e brigava muito. Ficou a marca. Dentro de campo tudo deve ser feito com muita luta", avisa, empolgado. Segundo ele, esse será o espírito aguerrido que o torcedor do Bahia irá perceber com o decorrer do tempo. "Sou um cara muito guerreiro. Não gosto de perder nem no par ou ímpar e levo isso para dentro de campo. Venho para colocar o Bahia lá em cima na tabela". A 18ª posição na tabela e a escassez de gols do time não deixam Cláudio Pitbull preocupado. Segundo ele, o Esquadrão tem bons atacantes no grupo e condições de reverter a situação. "São fases e as coisas vão melhorar. Futebol é assim, a bola às vezes não entra. Estou aqui para ajudar e fazer os gols", promete. No Bahia, o Pitbull encontrará velhos conhecidos. Junto com Souza, formou a dupla de ataque da seleção sub-20 há dez anos. O reencontro em campo com o Caveirão ainda vai demorar a acontecer, mas tem gente no time ansiosa para dar passe para o novo atacante. "É mais um guerreiro. Os adversários respeitam ele pela história que tem. Quando entrosar, vai dar tudo certo", disse o meia Gabriel. Na quinta, os titulares fizeram apenas um treino regenerativo na academia do Fazendão. A novidade para enfrentar o Cruzeiro é a volta de Mancini, após cumprir suspensão. (Ibahia)