quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Disco de Chico e Caetano com trechos censurados pode ser relançado na íntegra

Mesmo com algumas palavras proibidas pela Ditadura Militar, o disco "Caetano e Chico - Juntos e ao Vivo", gravado em 1972, foi lançado com as devidas limitações. Para disfarçar os termos proibidos, Roberto Menescal, produtor, na época, da gravadora Philips teve a ideia de encobrir as palavras enxertando, em estúdio, palmas e gritos da plateia. O resultado não agradou a Caetano, mas não teve jeito. O material foi liberado e até hoje essa é a única versão disponível no mercado. No entanto a Universal, gravadora que detém os direitos sobre o disco, pretende relançar "Caetano e Chico - Juntos e ao Vivo" na íntegra. De acordo com informações publicadas na Folha de São Paulo, os planos para o relançamento existem, mas ainda não há datas acertadas.

Ainda segundo a publicação, as palavras proibidas estavam nas letras de Chico Buarque. "Partido Alto" dizia: "Jesus Cristo ainda me paga, um dia ainda me explica/ Como é que pôs no mundo esta pouca titica". E "titica" não podia. Em "Atrás da Porta", parceria com Francis Hime, o problema estava nos "pelos" de "E me agarrei nos teus cabelos/ Nos teus pelos/ Teu pijama/ Nos teus pés/ Ao pé da cama". Muito sexualizado. Escrita com Ruy Guerra, "Bárbara" tinha temática sexual explícita. E a censura achou que isso seria atenuado se a palavra "duas" desaparecesse de "Vamos ceder, enfim, à tentação das nossas bocas cruas/ E mergulhar no poço escuro de nós duas".

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